sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PESQUISA DA CNT REVELA QUE 57% DAS RODOVIAS BRASILEIRAS SÃO REGULARES, RUINS OU PÉSSIMAS

Regiões com mais trechos em condições desfavoráveis são Norte (86%) e no Centro-Oeste (70%)
 
Fotos: Baby Espíndola Repórter
BR-101 Sul, trecho em duplicação: muitas tragédias e filas constantes
Pesquisa divulgada (em 26 de outubro de 2011), pela Confederação Nacional do Transporte aponta que 12,6% da malha rodoviária do país é considerada ótima; 30%, boa; 30,5%, regular; 18,1%, ruim; e 8,8% está em péssimas condições.

Nesta 16ª edição da Pesquisa CNT Rodovias, 92.747 km foram avaliados, o que representa 100% da malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais pavimentadas e as concessionadas. São 1.802 km a mais do que o analisado na pesquisa anterior.

Para fazer a análise, 17 equipes da CNT percorreram o Brasil durante 39 dias, entre 27 de junho e 4 de agosto deste ano. Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), por tipo de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação.

Regiões - Como nos anos anteriores, o Sudeste apresenta as melhores condições de rodovias. Do total de 26.778 km avaliados, 24,6% são classificados como em ótimo estado; 30,7% como bom; 28,2%, regular; 13,2%, ruim e 3,3%, péssimo.

Logo em seguida aparece a região Sul, com 19,7% do total de 16.199 km analisados como em ótimo estado; 40,7% em bom estado; 26,3% classificadas como regulares; 10,7% como ruins e 2,6% como péssimas. O Nordeste, por sua vez, com 25.820 km estudados, possui 3,8% das estradas ótimas; 33%, boas; 32,8%, regulares; 17,7%, ruins e 12,7%, péssimas.

Dos 14.151 km de rodovias avaliados no Centro-Oeste, 6,4% estão em ótimas condições; 22,7% em bom estado; 35%, regulares; 26,7%, ruins; e 9,1% em péssimo estado. O Norte, por sua vez, com 9.799 km analisados, conta com apenas 0,8% das estradas avaliadas como ótimas; 12,7% como boas; 31,4% como regulares; 31,8% como ruins e 23,2% como péssimas.

Pavimento - Em relação à qualidade de pavimentação, a pesquisa mostra que 46,6% das estradas apresentam pavimento ótimo; 5,5%, pavimento bom; 33,9%, regular; 11,2%, ruim; e 2,8%, péssimo. Nesse quesito são observados itens como se o pavimento está perfeito, com buracos e se obriga redução da velocidade.

De acordo com o estudo, o pavimento das rodovias, em geral, apresenta defeitos que acabam prejudicando a atividade de transporte de cargas e de passageiros no país.

Sinalização - Sobre os aspectos de sinalização, são conferidas as condições das faixas, visibilidade e legibilidade de placas. Da malha analisada, 16,6% teve sua sinalização classificada como de ótimo estado; 26,5% como bom; 28,7%, regular; 14,3%, ruim e 13,9%, péssimo.

Geometria - A variável geometria da via identifica as soluções de engenharia implantadas nas rodovias para atenuar o impacto das condições de topografia e relevo sobre o deslocamento de veículos, aumentando a segurança dos usuários. Geometria da via inclui itens como pista simples de mão dupla, faixa adicional de subida, pontes e viadutos, entre muitas outras variáveis. Da extensão pesquisada, 88,3% é de pista de mão simples.

O estudo identificou que 4,2% da extensão avaliada teve sua geometria classificada como ótima (3.895 km); 19% como boa; 27,3% como regular; 17,5%, ruim; e 32%, péssima. Por isso, melhorias do tipo duplicação, implantação ou melhoria da faixa adicional de subida, e melhoria da sinalização e proteção das curvas e pontes precisam ser urgentemente empregadas.

Gestão pública e privada - A pesquisa detalhou ainda as diferenças existentes entre as rodovias que são administradas pelo governo e as sob gestão das concessionárias.

Fila na praça de pedágio, em Palhoça, Grande Florianópolis

Das vias sob concessão (15.374 km), 48% foram classificadas como ótimas; 38,9% como boas; 12% como regulares; 1,1% como ruins e nenhuma foi avaliada como péssima. Já entre as rodovias sob gestão pública (77.373 km), apenas 5,6% foram avaliadas como ótimas; 28,2% como boas; 34,2% como regulares; 21,5% como ruins e 10,5% como péssimas.

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