sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A CRÔNICA DA CARGA PESADA

A lenda dos guerreiros da estrada, que estão parando o Brasil, corrupto e podre, da guerrilheira Dilma-Estela



Já parou. E a tendência é que outros setores parem, pois não podemos continuar produzindo, para cobrir os rombos dos cofres públicos


Adoro pegar uma estrada. Sou um estradeiro, embora sem muito tempo para viajar. Minha moto tem porte de estradeira. Tem faróis de milha, pisca-alerta e até uma buzina de Opala 72. Meu carro é um 5 canecos, com 20 válvulas. Sou ligadão em máquinas potentes. Mas não abuso da velocidade.

Quando vejo um caminhão, com um motorzão, fico espiando. Outro dia encontrei um GMC “Marítimo”, num posto de combustíveis, na BR-101 Norte. Também tive a oportunidade de curtir a belezura de um Mak americano, todo cromado, incrível!

Até costumo dizer, que se não fosse jornalista, seria um carreteiro. Até fico me imaginando, na cabine de comando de um caminhãozão, cortando estradas, cruzando o Brasil. Com minhas botas country, o inseparável jeans.

Bem, tudo isso é romantismo. Coisa de cowboy, mania de poeta sonhador. Que gosta de fazer alongamento, alongamento de pensamento. Que solta a imaginação, e ela voa sem parar, viaja mundo afora, sem destino.

É apenas sonho. Romantismo. Porque a realidade é bem outra. Viajar nas estradas brasileiras, principalmente nas rodovias federais, dá medo, é de apavorar. Mas, as estradas estaduais, muitas sem acostamento, também são terríveis.

Na passagem de ano, viajei para Pato Branco e Foz do Iguaçu, no Paraná. Fui dirigindo. Fiquei apavorado com o que vi. Senti muita pena dos caminhoneiros. As estradas federais são armadilhas, um jogo de vida ou morte. Por isso, morrem em média 35 mil pessoas a cada ano, no trânsito.

E as causas de tantas mortes não são somente imprudência, erros dos motoristas. Contribuem para a matança no asfalto, as estradas esburacadas, mal sinalizadas, curvas mal projetadas.

De Palhoça a Foz do Iguaçu, a pior estrada é a BR-277, no Paraná. Tem um trechinho duplicado. O resto da rodovia é uma vergonha. Tem buraco disputando espaço com buraco. Adensamento de solo, borrachões que mais parecem montanhas. São montículos constrangedores.

Esquecem de cuidar das estradas. Mas, o pedágio ninguém esquece de cobrar. Na 277, cheguei a pagar R$12,90 de pedágio. Para pular como pipoca na buracaria sem vergonha. Do Rio Grande do Sul ao Nordeste, uma carreta paga mais de mil reais de pedágio. Que absurdo!

Sinceramente, fiquei morrendo de pena dos caminhoneiros. Porque eles são forçados a conviver com essa falta de vergonha, que são as estradas brasileiras. Os caminhoneiros são duramente penalizados, com o preço exorbitante do diesel, malha viária destruída, o que danifica os caminhões. E não há segurança nos pontos de parada.

O governo federal, que é formado por uma quadrilha de assaltantes dos cofres públicos, tratou de fazer uma legislação autoritária, para cuidar da vida dos caminhoneiros. Mas, em troca, não ofereceu segurança. Tanto que vem aumentando o número de roubo de cargas e de veículos do transporte. Inclusive, continua a matança de caminhoneiros.

E os canalhas da república do mensalão, nada fazem para reverter esse quadro. A guerrilheira Dilma-Estela, se tivesse um mínimo de bom senso, já deveria ter reduzido o preço do diesel. Em 2001, com o valor de um litro de gasolina, se comprava dois litros de diesel. Agora os preços estão quase empatando.

Por que? Porque precisamos pagar o rombo da Petrobras. A Petrobras que o cretino do Lula anda defendendo, depois de indicar, pessoalmente, alguns dos ladrões e saqueadores.

Por isso a turma da carga pesada está parada. E promovendo bloqueios Brasil a fora. Principalmente nos estados do Sul e do centro-Oeste. São guerreiros do asfalto. Guerreiros e sofredores.

Como se sinto um caminhoneiro de alma, mando aqui um forte abraço à turma da carga pesada. Registro a minha solidariedade. Com certeza, se eu fosse um bravo das estradas, estaria com vocês, à frente do movimento. Mas, contem com o meu apoio, como motorista do jornalismo.

E aproveito para solicitar o apoio dos brasileiros, para esses irmãos sofridos, que enfrentam estradas intransitáveis e pagam o diesel mais caro do mundo.

Boa sorte, amigos da carga pesada. Que Deus e Nossa Senhora Aparecida protejam vocês. Porque as estradas são perigosas. E a turma da guerrilheira Dilma-Estela mete medo.

[27 02 15]